

Uma agente de saúde de Porteirinha, no Norte de Minas, foi presa durante uma operação da Polícia Civil que apura crimes de estelionato, falsificação de documentos, apropriação de aposentadorias e lavagem de dinheiro.
De acordo com as investigações, a mulher se aproveitava da função pública e da confiança dos moradores para abordar idosos em comunidades rurais. Sob o falso argumento de realizar atualizações cadastrais do SUS, ela coletava fotos e informações pessoais das vítimas. Com esses dados, eram feitos empréstimos consignados fraudulentos, abertura de contas bancárias usadas para movimentar valores ilícitos e desvio de aposentadorias — tudo sem autorização dos idosos.
Durante o cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam celulares, comprovantes bancários suspeitos, anotações sobre possíveis vítimas, documentos e cartões de terceiros na residência da investigada. Todo o material será periciado.
O delegado André Brandão informou que várias vítimas já foram identificadas, enquanto outras estão em processo de confirmação. O número de idosos atingidos e o valor total do golpe ainda não foram divulgados. A Polícia Civil também investiga a possível participação de outras pessoas no esquema.
“Não está descartada a participação de terceiros ainda não identificados, hipótese que segue em análise. As próximas etapas incluem a perícia de celulares, mídias digitais e comprovantes financeiros, fundamentais para rastrear o fluxo do dinheiro e identificar a totalidade dos crimes”, afirmou o delegado.
Segundo ele, o caso revela um esquema grave e repetido, que explorava a vulnerabilidade dos idosos e a confiança inerente à função pública. O bloqueio de valores, as apreensões e as demais medidas adotadas são essenciais para proteger as vítimas e garantir a efetividade das investigações.
A mulher foi presa preventivamente e encaminhada ao presídio, onde permanece à disposição da Justiça. O nome da investigada não foi divulgado.
Em nota, a Prefeitura de Porteirinha informou que acompanha o caso e está em contato com a Polícia Civil para acessar os autos e adotar as medidas administrativas necessárias. O município reforçou que não compactua com condutas ilícitas e seguirá colaborando plenamente com as investigações, priorizando a proteção dos cidadãos, especialmente idosos e famílias afetadas.
Fonte: G1





