

A Justiça de Três Marias condenou nessa terça-feira (18) um casal a mais de 70 anos de prisão por crimes de violência sexual, exploração e produção de pornografia infantil contra crianças e adolescentes. A decisão acolheu pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e reconheceu a prática de múltiplos delitos, incluindo estupro de vulnerável, estupro mediante grave ameaça, exploração sexual e armazenamento de material pornográfico envolvendo menores.
As investigações apontaram que os abusos ocorreram de forma prolongada entre os anos de 2021 e 2024. As cinco vítimas, todas crianças ou adolescentes à época, eram atraídas para a residência dos acusados mediante promessas de presentes, dinheiro, refeições e apoio material. A estratégia explorava situações de vulnerabilidade social e emocional, criando um ambiente propício para a prática dos crimes.
Parte dos atos era registrada em vídeos e fotografias, armazenados em celulares e em plataformas digitais. O material apreendido reforçou as provas contra o casal e demonstrou a sistemática de exploração, que se repetia de maneira organizada e contínua.
Na sentença, o Judiciário destacou que os crimes foram cometidos com extrema violência, manipulação e abuso de autoridade sobre as vítimas. O processo contou com depoimentos especiais colhidos em ambiente protegido, perícias em mídias digitais e análises telemáticas, além de testemunhos e documentos que consolidaram a robustez do conjunto probatório.
O casal já havia sido preso em dezembro de 2024 durante operação da Polícia Civil em Três Marias. Na ocasião, os suspeitos foram detidos após denúncias e investigações que apontaram indícios de exploração sexual contra menores. Na época, os policiais encontraram elementos que indicavam a prática reiterada dos crimes, incluindo registros audiovisuais e relatos de vítimas.
Além da pena de prisão, foi fixado o pagamento de indenização mínima de 50 salários-mínimos para cada uma das quatro vítimas de crimes sexuais consumados, como forma de reparação pelos danos morais e pelo profundo abalo psicossocial.
Fonte: SeteLagoas.com.br





