Uma doença de origem ainda desconhecida provocou ao menos duas mortes fulminantes em São Francisco, no Norte de Minas Gerais, e está sob investigação do Ministério da Saúde (MS), que classificou os casos como Evento de Importância para a Saúde Pública (EISP). Outros 20 pacientes apresentaram sintomas respiratórios e hemorrágicos, gerando alerta entre autoridades sanitárias.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os casos vêm sendo enquadrados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de rápida evolução. Os primeiros registros foram em três familiares que participaram de eventos sociais entre os dias 23 e 27 de junho, na zona rural e urbana do município. Dois dos pacientes morreram em curto intervalo de tempo, enquanto o terceiro teve alta hospitalar.
“Estamos tomando todas as providências necessárias para evitar novos óbitos em nosso município”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Andressa Rodrigues, destacando ações preventivas e de vigilância ativa sobre pessoas que estiveram nos mesmos eventos.
Até o momento, as autoridades não identificaram a causa definitiva das mortes. Em um dos óbitos, exames laboratoriais detectaram presença de influenza, hipótese que está sendo analisada. Amostras seguem em investigação para confirmação etiológica ou exclusão de outras doenças.
Na última segunda-feira (7/7), representantes do município, da Gerência Regional de Saúde e do Ministério da Saúde se reuniram para alinhar medidas de atendimento e investigação. “Estamos empenhados em concluir o diagnóstico, prezando pela qualidade da assistência e pela prevenção”, reforçou Andressa Rodrigues.
Medidas de prevenção
Como ação preventiva, a prefeitura realizou a sanitização das residências das vítimas, das áreas vizinhas e das unidades de saúde. No Hospital Geral Doutor Brício de Castro Dourado, o uso de máscara tornou-se obrigatório.
A Secretaria Municipal de Saúde, em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), orienta a população a manter a calma e seguir cuidados preventivos, principalmente diante de sintomas como febre, tosse, dor de garganta ou cansaço. Entre as recomendações estão:
Evitar sair de casa;
Não participar de eventos ou aglomerações;
Usar máscara de proteção;
Não compartilhar objetos de uso pessoal;
Higienizar as mãos com frequência;
Manter ambientes ventilados;
Procurar atendimento médico imediato em caso de sinais de agravamento, como falta de ar, febre persistente, confusão mental ou coloração azulada nos lábios ou rosto.
Novas informações devem ser divulgadas conforme avançarem as investigações.
Da Redação com informações de OTEMPO