Com o sistema elétrico brasileiro sob pressão, especialmente no fim do dia, ganha força a proposta de retomar o horário de verão, extinto em 2019. A medida, que consiste em adiantar os relógios em uma hora durante os meses mais quentes, voltou a ser defendida por setores estratégicos como forma de conter o risco de apagões e impulsionar a economia.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) lidera o movimento pela retomada da iniciativa, apontando benefícios tanto no consumo energético quanto no faturamento do setor. Em Minas Gerais, empresários estimam um crescimento de até 15% na receita com o retorno do horário especial, impulsionado pela maior permanência de clientes nos estabelecimentos durante o horário estendido de luz natural.
A proposta também conta com respaldo técnico. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) alerta para o risco de apagões entre 2025 e 2029, especialmente nos períodos de pico, quando o consumo é mais elevado. Diante desse cenário, a volta do horário de verão é vista como uma solução simples, barata e de rápida implementação.
Cabe ao governo federal decidir sobre a medida. Até o momento, o tema já recebeu apoio técnico de especialistas e mobilização popular em diferentes regiões do país, especialmente no Sudeste, onde o impacto energético é mais expressivo.
A discussão ocorre em meio a outros desafios enfrentados pelo setor energético em Minas Gerais, como o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos eletroeletrônicos, o que ameaça exportações e afeta diretamente fabricantes de transformadores, turbinas e cabos.
Com informações de Itatiaia