Um homem de 44 anos ateou fogo em uma viatura da Polícia Militar no momento em que sua esposa relatava um caso de violência doméstica no quartel da corporação, em Jenipapo de Minas, no Vale do Jequitinhonha. O caso foi registrado na segunda-feira (21) e finalizado nesta terça-feira (22), com a prisão de dois suspeitos, incluindo o companheiro da vítima, que confessou o crime.
De acordo com a PM, a mulher, de 34 anos, procurou a unidade policial para denunciar agressões e ameaças cometidas pelo marido, com quem mantém uma união estável há 17 anos. Ela relatou que, além de ter sido agredida fisicamente, foi ameaçada de morte e teve um celular arremessado contra seu rosto. O casal tem dois filhos, de 5 e 16 anos, e já havia registros anteriores de violência, incluindo medidas protetivas.
No momento em que os policiais atendiam a ocorrência na residência da vítima, o agressor chegou pelos fundos da casa, fez ameaças e fugiu por uma área de mata. Para garantir a segurança da mulher, os militares a levaram ao quartel para registrar a denúncia com tranquilidade e receber orientações sobre a Lei Maria da Penha.
Enquanto a equipe registrava a ocorrência, câmeras de segurança flagraram a aproximação de um suspeito em uma bicicleta motorizada. Em seguida, populares alertaram que a viatura estava em chamas. Os policiais saíram imediatamente e avistaram o agressor fugindo com um comparsa.
Testemunhas relataram que o homem forçou o vidro do veículo, jogou solvente e ateou fogo. O banco, a porta, o painel, o freio de mão e outras partes da viatura foram danificados. O incêndio foi controlado pelos próprios militares.
Durante buscas, o agressor foi localizado, mas tentou fugir novamente. Ele resistiu à prisão e agrediu os policiais, causando lesões em um sargento. Ainda durante o atendimento médico, ele voltou a ameaçar os agentes, afirmando que "não ficaria preso por muito tempo".
O segundo envolvido também foi detido e confirmou sua participação no crime. Com os suspeitos, foram apreendidos uma lata de solvente, um isqueiro, uma bicicleta elétrica e um capacete. A ocorrência foi encaminhada à Polícia Civil.
Em nota, a Polícia Militar afirmou que “reafirma seu compromisso com a preservação da ordem pública e não tolera qualquer forma de violência ou atentado contra seus integrantes, instalações ou patrimônio. Qualquer ato que comprometa a segurança pública será rigorosamente coibido e tratado com a firmeza necessária.”
A mulher foi atendida por uma médica, que constatou abalo emocional e dores em um dos olhos.
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