A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito que investigava os abusos sexuais sofridos por uma adolescente em Curral de Dentro. O padrasto da vítima foi indiciado por estupro de vulnerável, enquanto a mãe foi responsabilizada por omissão, já que teria ignorado as denúncias da filha e mantido a convivência com o agressor.
As investigações começaram após uma denúncia encaminhada pelo Conselho Tutelar, que relatou que o homem abusava da menor desde a infância. A adolescente contou para a mãe sobre os episódios, mas ouviu que se tratava de uma "invenção". De acordo com a delegada Mayra Coutinho, em várias ocasiões a mulher teria atribuído culpa à própria filha, descredibilizando seu relato.
Em 2023, amigas da vítima que presenciaram situações de assédio e importunação cometidos pelo padrasto a incentivaram a adolescente a denunciar. Com base nas apurações, a PCMG concluiu o inquérito e responsabilizou os dois envolvidos.
Segundo a delegada, a pena para o crime de estupro de vulnerável pode chegar a 15 anos de prisão. Sobre a mãe, ela ressaltou que a genitora tinha o dever legal de proteger a filha e, por ter se omitido, também foi indiciada.
Fonte: G1