O rapper Gustavo da Hungria Neves, o Hungria, foi internado nesta quinta-feira (2) em Brasília com quadro de náuseas, vômito, visão turva, dores de cabeça e acidose metabólica. Estes sintomas são parecidos com intoxicação por metanol – o químico estaria presente em bebidas adulteradas. Ele está na UTI mas sem risco.

Segundo boletim médico do Hospital DF Star, o cantor já está em tratamento especializado e exames vão identificar se de fato houve o envenenamento. Conforme o jornal Correio Braziliense, o irmão do artista, Leandro Hungria, disse que ele teria consumido uma vodca vendida em uma distribuidora de bebidas local e logo após começou a apresentar os sintomas. O pai disse que irá realizar boletim de ocorrência sobre o caso.

Os shows do cantor foram reagendados – o rapper, que iria se apresentar neste sábado (4) em Curvelo, teve evento adiado para o dia 1º de outubro. Apesar dos sintomas, Hungria está fora de risco iminente. “Agradecemos a compreensão dos fãs, da imprensa e de todos os parceiros neste momento”, disse a assessoria do cantor em nota.

Leia a nota completa:

“O cantor Hungria encontra-se sob cuidados médicos após a suspeita de ter ingerido bebida adulterada, em situação que remete aos casos recentemente noticiados em São Paulo.

Ele está sendo acompanhado pelo Dr. Leandro Machado, no Hospital DF Star, em Brasília.

Por orientação médica e com o objetivo de preservar sua saúde, os shows previstos para este final de semana serão remarcados.
O artista permanece em acompanhamento e já está fora de risco iminente.
Agradecemos a compreensão dos fãs, da imprensa e de todos os parceiros neste momento.”

Casos de intoxicação

A intoxicação por metanol tem se tornado um problema crescente em São Paulo, estado onde apareceu os primeiros casos, especialmente devido à ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas. Os sintomas iniciais se assemelham à embriaguez comum, mas evoluem rapidamente para manifestações graves como dor de cabeça intensa, vômitos, confusão mental, visão turva e até cegueira.

O metanol, ao ser metabolizado pelo organismo, gera substâncias altamente tóxicas que afetam o sistema nervoso central, podendo levar à morte mesmo com ingestão de pequenas quantidades.

O tratamento exige rapidez e envolve o uso de antídotos como etanol venoso ou fomepizol (não disponível no Brasil), além de corretores de acidez e vitaminas. Em casos mais graves, pode ser necessário realizar hemodiálise para remover o metanol do corpo.

com informações de Correio Braziliense

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