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Operação desarticula esquema milionário de estelionato digital em Montes Claros

Grupo ostentava carros de luxo, viagens e joias após movimentar mais de R$ 26 milhões

Redação
Por: Redação
03/10/2025 às 10h41
Operação desarticula esquema milionário de estelionato digital em Montes Claros
PCMG desarticula esquema de estelionato virtual e lavagem de dinheiro em Montes Claros — Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil deflagrou, nesta quinta-feira (2), a operação “Falsum Facies” para desmantelar uma organização criminosa envolvida em estelionato virtual, extorsão digital e lavagem de dinheiro em Montes Claros, no Norte de Minas. Ao todo, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, que resultaram na apreensão de 17 veículos de luxo — entre carros, motos e uma moto aquática — além de joias, dinheiro, celulares e eletrônicos.

Durante a ação, um homem foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. A Justiça também determinou o bloqueio de mais de R$ 8,4 milhões em 14 contas bancárias ligadas aos investigados.

Segundo o delegado Diego Flávio Carvalho, o objetivo foi sufocar financeiramente o grupo. As investigações apontaram um esquema de lavagem de dinheiro sofisticado, com uso de empresas fantasmas, movimentações entre os investigados e aquisição de bens em nome de laranjas.

As apurações começaram em maio, após a prisão de um dos integrantes. A polícia identificou dois núcleos de atuação: o operacional e o financeiro. No primeiro, os criminosos abordavam vítimas por aplicativos de mensagens, fingindo ser mulheres jovens. Após simular envolvimento emocional ou sexual, exigiam pagamento antecipado para encontros. Quem se recusava era ameaçado, inclusive com uso de armas.

O núcleo financeiro administrava os valores dos golpes usando “contas de passagem” adquiridas de terceiros por até R$ 1 mil. As contas eram trocadas com frequência e parte do dinheiro era escoada para empresas de fachada, como uma distribuidora de bebidas e uma loja de moda masculina.

A delegada Marina Pacheco alertou que quem empresta ou vende contas bancárias pode responder criminalmente, mesmo sem participar diretamente dos crimes. Ela ressaltou que a prática facilita a lavagem de dinheiro e a ocultação de patrimônio.

De acordo com a polícia, os investigados mantinham um padrão de vida elevado e exibiam nas redes sociais carros de luxo, viagens, joias e grandes quantias em dinheiro. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e possíveis ramificações do esquema em outras cidades.

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