No clássico entre Atlético e Cruzeiro nessa quarta-feira (15), um lance chamou mais atenção do que qualquer jogada de ataque: o momento em que Kaio Jorge, atacante do Cruzeiro, apertou o pulso de Iván Román, lateral do Atlético, justamente onde o jogador alvinegro supostamente estaria lesionado.
A atitude gerou grande repercussão nas redes sociais. Afinal, o gesto configura agressão? Fere alguma regra do futebol brasileiro?
De acordo com a Regra 12 das Regras do Jogo da IFAB, qualquer ato que envolva força excessiva ou intenção de causar desconforto físico ao adversário fora da disputa da bola pode ser caracterizado como conduta violenta, passível de cartão amarelo ou até vermelho, dependendo da interpretação do árbitro.
O Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) também prevê punição para "ato hostil", enquadrado no Artigo 250, com pena de suspensão de 1 a 3 jogos. Portanto, se o árbitro entendesse que o aperto foi intencional para agravar uma lesão, Kaio poderia, sim, ser punido disciplinarmente.
O curioso é que, segundo relatos, Roman estaria usando uma faixa chamativa no pulso direito, apesar de a lesão real ser no esquerdo — uma estratégia comum no futebol para confundir o adversário e protegê-lo do foco das marcações.
Essa prática não fere nenhuma regra oficial, desde que o jogador esteja autorizado pelo árbitro a entrar em campo com bandagens visíveis (o que é permitido conforme a Regra 4, sobre equipamentos). É uma tática psicológica, usada há décadas por atletas para induzir o marcador ao erro.
Conclusão: Ambos os jogadores usaram recursos psicológicos dentro de campo — um no limite da tática, outro no limite da ética. A diferença é que simular ou induzir o adversário ao erro faz parte do jogo; provocar dor intencionalmente, não. E aí? Qual é sua opinião sobre? Deixe seu comentário no post.
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