Sete segundos. Esse foi o tempo que a pequena Antonella Maia Nunes, de apenas 1 ano, levou para, acidentalmente, cair dentro da piscina de um sítio da família em Santa Cruz de Minas, no Campo das Vertentes (MG). O episódio, ocorrido em agosto, não terminou em tragédia graças à rápida reação do pai da criança.
As imagens das câmeras de segurança foram divulgadas pela mãe, Kelly Fernanda Maia Gomes, de 36 anos, no TikTok e já ultrapassam 8 milhões de visualizações. “A gente estava limpando a área externa e meu marido estava lavando a lona da piscina. Eu saí, fui para cozinha e fiquei de lá olhando os dois. Na hora que ele pegou o balde para jogar água na lona, ela passou por trás dele, colocou o pezinho na piscina, desequilibrou e caiu”, contou Kelly.
O pai, Rubem Nunes, de 40 anos, ouviu o barulho e agiu de imediato. “Como ele estava quase do lado dela, já correu e tirou na hora. Ela nem chegou a engolir água”, relatou a mãe. Antonella nunca havia passado por situação semelhante e ficou assustada com o episódio.
Kelly destacou que o espaço conta com itens de segurança, como porta de blindex que permanece trancada e lona fixada com parafusos. “A gente tirou a lona porque estava suja, tinha chovido. Agora redobramos o cuidado”, disse. Para ela, a atenção deve ser constante: “Tem que colocar na natação, porque se acontecer uma situação dessa, eles têm que saber o que fazer. Não podemos tirar o olho de jeito nenhum de criança. O vídeo tem sete segundos, mas se fosse um minuto, ela poderia ter se afogado. É muito rápido”.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), até 15 de setembro deste ano foram registrados 189 casos de afogamento no estado, sendo 10 envolvendo crianças de até 11 anos.
O Tenente Henrique Barcellos, em entrevista ao portal BHAZ, orientou sobre como agir em situações de risco. “Em caso de afogamento, deve-se retirar a criança da água e virá-la para o lado direito do corpo, porque essa lateralização ajuda a retirar a água dos pulmões. É fundamental acionar imediatamente as equipes de emergência pelo número 193”, explicou.
Para quem possui treinamento em primeiros socorros, a recomendação é verificar os sinais vitais e, se não houver resposta, iniciar a ressuscitação. O bombeiro reforça que a prevenção é a principal medida. “É sempre restringir o acesso de crianças às piscinas, sejam de casas, condomínios ou sítios. Uma vez na piscina, essa supervisão tem que ser constante por um adulto sem distrações. Bastante gente em volta não significa que alguém está de olho”, alertou.
O CBMMG também orienta que boias infláveis e desajustadas não são seguras para crianças, sendo os coletes salva-vidas a alternativa mais indicada para evitar acidentes.
Veja o vídeo:
Ver essa foto no Instagram