A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apreendeu dois veículos durante a segunda fase da operação Aparando Arestas, deflagrada nesta quarta-feira (15) em Porteirinha, no Norte de Minas. A ação tem como objetivo combater o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro na região.

O alvo desta etapa foi um homem de 32 anos, que já estava preso desde 25 de setembro após ser detido na operação Efeito Dominó. Na ocasião, policiais encontraram em sua casa uma arma com numeração raspada, dinheiro em espécie e anotações financeiras relacionadas à atividade criminosa.

Segundo a PCMG, o investigado ostentava um padrão de vida incompatível com qualquer atividade legal declarada. Ele realizava viagens frequentes, se hospedava em hotéis de luxo e utilizava veículos de alto valor registrados em nome de terceiros para ocultar a origem ilícita dos bens.

A Justiça autorizou o bloqueio de até R$ 500 mil em contas bancárias e aplicações financeiras ligadas ao suspeito. Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos dois veículos avaliados em mais de R$ 80 mil, usados pelo investigado.

O delegado responsável pelo caso, André Brandão, afirmou que a estratégia da operação foi “atacar o lucro gerado pelo tráfico, bloqueando valores e sequestrando veículos, para impedir a circulação do dinheiro ilícito e garantir que o produto do crime seja revertido em favor da sociedade”.

O suspeito permanece preso à disposição da Justiça.

Primeira fase prendeu traficante influente

A primeira etapa da operação foi realizada na segunda-feira (13) e resultou na prisão de um homem apontado como um dos traficantes mais antigos e influentes de Porteirinha. Ele tentou fugir pulando muros de casas vizinhas, mas foi capturado.

Na ocasião, foram apreendidos dinheiro, celulares, uma balança, anotações do tráfico, cheques, cartões bancários e documentos com movimentações financeiras suspeitas.

A operação Aparando Arestas é um desdobramento da Efeito Dominó II, realizada em setembro de 2025, que apurava crimes de tráfico de drogas, associação criminosa, homicídios e lavagem de dinheiro.

Fonte: G1