A Matriz de Santo Antônio, considerada a igreja-matriz da primeira paróquia de Curvelo, é muito mais do que um simples templo: ela é parte fundamental da identidade e da história local.
As origens de Curvelo remontam ao início do século XVIII, quando viajantes vindos de diversos pontos — baianos, paulistas, entre outros — utilizavam as margens do ribeirão Santo Antônio como ponto de parada.
Pouco tempo depois, uma capela simples foi erguida nesta região, e o Padre Antônio Corvelo de Ávila desempenhou papel decisivo no povoamento.
A capela original foi substituída no século XIX pela construção da Matriz de Santo Antônio, que foi benzida em 1877.
Um dos grandes destaques da Matriz é o Altar-Mor, entalhado por Chico Entalhador, considerado um mestre local cujas obras integraram forte valor artístico ao templo.
Também se destaca a imagem de Santo Antônio com o Menino Jesus, avaliada como obra de estilo neoclássico, que foi trazida de Portugal e entronizada em 1878. (Essa parte lenda ou tradição local — não achei confirmação documental recente, mas é frequentemente mencionada nas histórias sobre a igreja.)
A Matriz de Santo Antônio foi batismal de muitos cidadãos ilustres e serviu de ponto de partida para o desenvolvimento espiritual da região. Curvelo, que se emancipou juridicamente no século XIX, guarda nessa igreja um símbolo de como fé e sociedade se entrelaçaram na formação da cidade.
A igreja também é um dos bens tombados/inventariados do município, incluída entre os principais patrimônios religiosos locais.
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